Lipoabdominoplastia para pacientes acima do peso: entendendo riscos e benefícios

• Introdução
• Avaliação individualizada: o que considerar antes da cirurgia
• Quais são os riscos aumentados para pacientes acima do peso?
• Benefícios possíveis da lipoabdominoplastia em pacientes com sobrepeso
• Limitações e expectativas realistas
• Pós-operatório e importância do acompanhamento médico
• Recomendações éticas segundo o CFM
• Conclusão
• Sobre a Dra Taíssa Recalde

Introdução

A lipoabdominoplastia é cada vez mais procurada por pessoas com sobrepeso ou obesidade que desejam melhorar o contorno corporal e a autoestima. No entanto, para esse perfil de paciente, a decisão de realizar a cirurgia demanda cuidado, avaliação criteriosa e esclarecimento de que o procedimento não se propõe ao emagrecimento, mas sim ao refinamento da silhueta. Neste artigo, a Dra Taíssa Recalde, cirurgiã plástica no Rio de Janeiro, detalha os critérios técnicos fundamentais, os riscos e benefícios mais relevantes e como alinhar expectativas à saúde e à segurança.

Avaliação individualizada: o que considerar antes da cirurgia

Avaliação criteriosa é a etapa primordial antes de indicar uma lipoabdominoplastia em pacientes acima do peso. Segundo a literatura médica, deve-se analisar:

• Índice de Massa Corporal (IMC): Embora não haja uma regra absoluta, pacientes com IMC muito elevado (acima de 30 ou 35 kg/m²) apresentam riscos progressivamente maiores. Muitos especialistas sugerem tentar atingir um peso mais próximo do ideal antes da cirurgia, mas cada caso deve ser individualizado.
• Estabilidade do peso: A recomendação científica é manter o peso estável por 6 a 12 meses antes da cirurgia. Variações bruscas após o procedimento prejudicam o resultado estético e funcional.
• Controle de doenças associadas: Condições como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos precisam estar sob controle clínico rigoroso, já que sua presença aumenta os riscos cirúrgicos e anestésicos.
• Comprometimento com mudanças no estilo de vida: O procedimento é complementar a uma rotina saudável. Alimentação equilibrada e prática regular de exercícios são fundamentais para que o resultado seja mantido.
• Expectativas realistas: Entender que a cirurgia não elimina toda a gordura corporal, nem corrige hábitos alimentares ou sedentarismo, é indispensável para a satisfação após o procedimento.

A Dra Taíssa Recalde reforça a importância do acompanhamento pré-operatório detalhado e do diálogo claro sobre riscos e benefícios individuais.

Quais são os riscos aumentados para pacientes acima do peso?

Os estudos científicos identificam que pacientes em sobrepeso ou obesidade estão sujeitos a complicações mais frequentes e, em alguns casos, mais graves, como:

• Complicações anestésicas: Metabolismo alterado, apneia do sono e alterações respiratórias aumentam o risco durante a anestesia.
• Retardo de cicatrização e riscos de necrose: Maiores volumes de tecido adiposo dificultam a vascularização, tornando a pele mais suscetível a abertura de pontos e necroses.
• Tromboembolismo: O risco de trombose venosa profunda (coágulos nas pernas) e embolia pulmonar é maior neste público cirúrgico.
• Infecções: A circulação sanguínea mais dificultada pode elevar a chance de infecção no local operado.
• Seroma e hematoma: O acúmulo de líquidos (seroma) ou sangue (hematoma) após a cirurgia é mais comum e pode exigir intervenções posteriores.
• Resultados estéticos limitados: Em casos de grande quantidade de gordura associada à pele flácida, pode haver necessidade de cirurgias complementares para atingir os objetivos desejados.

O acompanhamento intensivo no pós-operatório e o preparo prévio do paciente são estratégias reconhecidas para minimizar esses riscos.

Benefícios possíveis da lipoabdominoplastia em pacientes com sobrepeso

Apesar dos desafios, a lipoabdominoplastia pode trazer benefícios reais quando criteriosamente indicada:

• Melhora do contorno abdominal: Mesmo casos com excesso de gordura e pele podem vivenciar significativa melhora no perfil corporal e na autoestima.
• Redução de áreas de assaduras e desconforto: A remoção do excesso cutâneo pode proporcionar mais conforto e higiene.
• Facilitação de atividades físicas: O resultado pode estimular a adoção de hábitos ainda mais saudáveis após a cirurgia.
• Consolidação de resultados de emagrecimento prévio: Pacientes que já perderam peso e mantêm pele flácida frequentemente se beneficiam do procedimento para finalizar seu processo de transformação corporal.

Dra Taíssa Recalde salienta que, nesses casos, a cirurgia deve ser personalizada, evitando expectativas irreais e priorizando a segurança.

Limitações e expectativas realistas

É fundamental reiterar que lipoabdominoplastia não é cirurgia de emagrecimento. A retirada de gordura e pele é limitada pela segurança. Os resultados sempre dependerão do engajamento do paciente com dieta, prática de exercícios e manutenção do peso após o procedimento.

Além disso, a cirurgia não elimina totalmente celulites, estrias ou outras condições estéticas. A presença de cicatriz horizontal — variável em extensão — é inevitável. A Dra Taíssa Recalde enfatiza que resultados duradouros dependem do comprometimento do paciente em manter hábitos saudáveis, pois o ganho de peso após a cirurgia pode desfazer os avanços obtidos.

Pós-operatório e importância do acompanhamento médico

O pós-operatório de pacientes acima do peso tende a requerer vigilância redobrada. Atenção especial é necessária com:

• Prevenção e identificação precoce de complicações como infecções, seromas e tromboses.
• Adesão rigorosa às recomendações quanto ao repouso, uso de malhas compressivas e retorno gradual às atividades.
• Participação frequente em consultas de acompanhamento, inclusive virtuais, para monitorar a evolução e adaptar condutas quando necessário.

A abordagem multidisciplinar, com suporte nutricional e acompanhamento motivador, é citada pela Dra Taíssa Recalde como fundamental para potencializar os resultados e prevenir intercorrências.

Recomendações éticas segundo o CFM

Segundo as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina, é proibido prometer resultados quantitativos ou “transformações milagrosas” na lipoabdominoplastia, especialmente para pacientes acima do peso. Não deve haver divulgação de número exato de quilos perdidos ou garantias absolutas de mudança de medidas, pois cada organismo responde de forma única à cirurgia.

A orientação é garantir informações claras, individualizadas, ressaltando sempre os limites, riscos e potencialidades do procedimento, sem sensacionalismo ou promessas incompatíveis com a realidade científica.

Conclusão

A lipoabdominoplastia pode ser uma intervenção eficaz para pacientes com sobrepeso, desde que os riscos e limitações envolvidos estejam claramente compreendidos e as expectativas sejam realistas. A decisão pelo procedimento deve ser personalizada, embasada em avaliação rigorosa e na confiança entre paciente e equipe médica. A Dra Taíssa Recalde orienta: priorize a segurança e a saúde, e procure sempre profissionais que privilegiem análise criteriosa, ética e responsabilidade em todo o processo cirúrgico.

Sobre o(a) Dra Taíssa Recalde

Dra Taíssa Recalde é cirurgiã plástica, impulsionada pelo legado familiar em medicina e formada por instituições de alta referência em cirurgia reparadora. Especializou-se em reconstruções mamárias pós-câncer e, posteriormente, consolidou sua carreira na cirurgia estética de mamas e corpo, adotando técnicas menos invasivas e buscando cicatrizes cada vez menores. Seu atendimento no consultório particular do Rio de Janeiro prioriza conforto, acolhimento e máxima segurança, limitando o número de cirurgias mensais para dedicar atenção individualizada a cada paciente.

Diferenciais como mastopexia multiplanos com cicatriz reduzida, uso de enxerto de gordura autóloga e acompanhamento pós-operatório intensivo — facilitado pela agenda enxuta — tornam a experiência de suas pacientes única. A jornada cirúrgica inclui triagem detalhada, definição personalizada da técnica e suporte presencial e virtual durante a recuperação, com fácil acesso à equipe para dúvidas e acompanhamento contínuo.