Diferença Entre Silicone Por Cima e Por Baixo do Músculo: O Que Saber Antes da Cirurgia

Introdução

Escolher o posicionamento da prótese de silicone é uma das etapas mais importantes da cirurgia de aumento mamário. As duas técnicas mais utilizadas são o implante subglandular (por cima do músculo) e o submuscular (por baixo do músculo). Para um resultado harmônico, duradouro e seguro, é fundamental entender as indicações, vantagens, desvantagens e nuances técnicas de cada abordagem. Neste artigo, com base nas recomendações científicas atuais, a Dra Taíssa Recalde — cirurgiã plástica especialista em mama — explica as diferenças das técnicas e orienta sobre as melhores decisões em cada caso.

Anatomia e posicionamento das próteses

O posicionamento do implante envolve estruturas como pele, tecido subcutâneo, glândula mamária e músculo peitoral maior. A prótese pode ser colocada:

  • Subglandular (por cima do músculo): Entre a glândula mamária e o músculo peitoral maior;
  • Submuscular (por baixo do músculo): Sob o músculo peitoral maior, com cobertura muscular parcial ou total da prótese.

O conhecimento detalhado da anatomia local e o perfil individual do paciente são fundamentais para definir a melhor técnica e prevenir intercorrências.

Silicone por cima do músculo (subglandular)

No plano subglandular, a prótese é posicionada logo atrás da glândula mamária, sem atravessar o músculo peitoral. É indicado principalmente em pacientes que:

  • Têm boa espessura de tecido mamário e subcutâneo, o que proporciona cobertura suficiente para o implante;
  • Desejam um pós-operatório com dor e desconforto reduzidos, já que o músculo não é manipulado;
  • Praticam atividades físicas intensas de peitoral, como fisiculturismo, onde a colocação submuscular poderia gerar movimento anormal do implante (“animation deformity”).

Além disso, a cirurgia subglandular costuma ser mais rápida, com recuperação inicial acelerada. Entretanto, esse plano pode apresentar limitação em pacientes magras, pois o contorno do implante pode ficar mais aparente e o risco de “rippling” (ondulações) aumenta.

Silicone por baixo do músculo (submuscular)

Na técnica submuscular, o implante é colocado total ou parcialmente sob o músculo peitoral maior. Essa abordagem oferece:

  • Melhor disfarce da prótese, principalmente em pacientes com pouco tecido mamário ou pele fina;
  • Redução do risco de contratura capsular, segundo metanálises internacionais;
  • Menor visibilidade das bordas do implante e menor probabilidade de ondulações, favorecendo um resultado mais natural em certos perfis.

O pós-operatório submuscular é associado a dor e rigidez maiores nos primeiros dias, além de exigir cuidados prolongados na retomada de atividades físicas. A mobilização muscular pode causar leve deslocamento do implante durante certos movimentos, notado principalmente em atletas.

Vantagens e desvantagens de cada técnica

A escolha entre os planos subglandular e submuscular deve considerar os seguintes aspectos:

Técnica Vantagens Desvantagens
Subglandular
  • Pós-operatório menos doloroso;
  • Recuperação inicial mais rápida;
  • Procedimento cirúrgico mais simples;
  • Menor impacto em movimentos musculares.
  • Maior risco de contorno visível em pacientes magras;
  • Aumento do risco de “rippling”;
  • Maior propensão à queda da mama no médio/longo prazo.
Submuscular
  • Melhor cobertura do implante;
  • Menor risco de contratura capsular;
  • Resultados mais naturais em pacientes de baixo volume mamário;
  • Diminuição do “rippling”.
  • Pós-operatório com dor e limitação inicial maior;
  • Possibilidade de deslocamento do implante em movimentos musculares intensos;
  • Recuperação mais longa para atividades físicas.

Critérios objetivos para indicação de cada posicionamento

A decisão pelo plano cirúrgico deve ser baseada em critérios científicos e individualização, como:

  • Espessura do tecido mamário: Tecidos mais finos favorecem o plano submuscular;
  • Quantidade de gordura/suporte subcutâneo: Pacientes magras se beneficiam da cobertura muscular adicional;
  • Prática esportiva intensa: Pode indicar melhor resultado no plano subglandular (especialmente para atletas de alto rendimento);
  • Histórico de fatores de risco para contratura capsular: O plano submuscular pode ser priorizado devido ao menor risco demonstrado em estudos científicos;
  • Desejo de retorno rápido ao trabalho/atividades cotidianas: Pode-se considerar o subglandular, nos casos indicados pela avaliação do cirurgião.

Na clínica da Dra Taíssa Recalde, a escolha é sempre personalizada, levando em conta biotipo, expectativas e exames clínicos detalhados.

Riscos e cuidados pós-operatórios

Os riscos comuns a ambas as técnicas incluem infecção, hematomas, seroma, alterações de sensibilidade, deslocamento do implante e contratura capsular. A literatura mostra que fatores como controle rigoroso de doenças crônicas, suspensão de tabagismo, observação de sinais de alerta e utilização de técnicas cirúrgicas modernas — como a Mastopexia Multiplanos adotada pela Dra Taíssa Recalde — diminuem a incidência dessas complicações.

O pós-operatório exige repouso relativo, uso adequado do sutiã cirúrgico e acompanhamento próximo da equipe médica, presencial ou virtual. O monitoramento regular e os retornos agendados são fundamentais para a detecção e manejo precoce de intercorrências, reforçando a importância de atendimento individualizado, prática rotineira no consultório particular da Dra Taíssa Recalde.

Conclusão

A decisão entre silicone por cima ou por baixo do músculo deve ser feita após avaliação médica detalhada, baseada em critérios técnicos e científicos, bem como nos objetivos da paciente. Ambientes cirúrgicos estruturados, técnicas atualizadas e acompanhamento intensivo — diferenciais da Dra Taíssa Recalde — tornam a experiência mais segura e o resultado estético mais previsível. Antes de optar pelo implante mamário, agende uma consulta especializada para esclarecer dúvidas e receber orientações individualizadas.

Sobre o(a) Dra Taíssa Recalde

Dra Taíssa Recalde é cirurgiã plástica com especialização reconhecida em cirurgia mamária, destacando-se pela formação em referências nacionais, experiência em reconstrução pós-câncer e dedicação à busca por cicatrizes discretas em todos os procedimentos. Atua no Rio de Janeiro e limita o número de cirurgias mensalmente, garantindo acompanhamento próximo e consultas acessíveis, presenciais ou virtuais, durante todo o pós-operatório.

Entre seus diferenciais estão técnicas de mastopexia multiplanos para mamas volumosas, cicatriz curta em “L”, explantes com enxertia de gordura autóloga e atendimento cuidadoso a pacientes de diferentes faixas etárias. A jornada da paciente é facilitada por triagem eficiente, definição personalizada da técnica e suporte contínuo, desde a primeira consulta até a alta definitiva, assegurando resultados de alta qualidade e segurança.

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